A escuta tem um papel tão ou mais relevante como a fala na transmissão de uma mensagem.
Escutar envolve muito mais do que ouvir uma mensagem. Ouvir é simplesmente o elemento físico do escutar. Assim, escutar é o processo de descodificar e interpretar ativamente as mensagens verbais.
“Escutar envolve muito mais do que ouvir uma mensagem, a escuta ativa pressupõe disponibilidade, interesse pela pessoa e pela comunicação, compreensão da mensagem, espírito crítico e alguma prudência na interpretação.” (Rego, 2007)
Entendemos por escuta ativa, uma técnica de comunicação que implica que, num diálogo, o ouvinte comece por interpretar e compreender a mensagem que recebe. Parece óbvio que quem ouve deva prestar atenção ao que lhe transmitem, mas a verdade é que uma boa parte da informação de uma conversa não chega corretamente ou é mal interpretada pelo ouvinte. Isso acontece, essencialmente, por barreiras de natureza semântica, física, percetiva e cultural, que em muitos casos se entrecruzam resultante da ineficácia da escuta. Mas apesar da existência destas barreiras, há que reforçar que a ineficácia da escuta reflete-se não tanto sobre as barreiras, mas sim na dificuldade da entrega do sujeito em todo o processo de comunicação.
Um ouvinte atento pode usufruir de diversas vantagens:
– Dispõe de melhor informação;
– Permite assegurar-se de como a sua mensagem está a ser recebida;
– Economiza tempo;
– Estimula o interlocutor a falar;
– Previne mal-entendidos.
Podemos concluir que escutar é muito mais que ouvir, é compreender a mensagem do outro na sua totalidade, tendo também em atenção aos gestos e emoções demonstrados ao longo da comunicação. Ouvir é o que chamamos de escuta passiva, ouvimos mas sem prestar atenção, ou seja, não percebemos o outro. A escuta ativa envolve um grande esforço consciente. Grande parte da informação que recebemos num diálogo não chega corretamente, ou então é mal interpretada pelo ouvinte.
5 comentários
Você fez uma excelente página explicando o que é a escuta ativa. Sugiro indicar o autor citado na referência…gostaria de conhecer a obra.
Mas se escutar é interpretar e descodificar, parqué que ler não é escutar, visto que, ao ler interpreto e descodifico a mensagem?
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